A participação dos alunos, uma exigência na EAD

Inicialmente a educação a distância era vista com desconfiança, muitas pessoas acreditavam que a modalidade não exigia tanto do aluno, logo a mesma não passava a credibilidade necessária. Até mesmo muitos alunos que procuravam a modalidade tinham como objetivo concluir os cursos no menor tempo hábil e com a expectativa de encontrar facilidade na conclusão cursos. Havia também um temor da aceitação de cursos concluídos por essa metodologia. Atualmente observamos uma mudança drástica nesse cenário.

A educação a distância (EAD) vem ganhando espaço e credibilidade diante de um grande número de brasileiros. A cada dia as pessoas têm compreendido melhor os benefícios da educação a distância para o desenvolvimento de suas carreiras. A EAD gera novas oportunidades de capacitação para grupos de diferentes idades quebrando barreiras. Devido à quantidade de interações possíveis, além de exercícios, atividades e ferramentas que permitem acompanhar o aluno e gerir o curso com relatórios precisos os próprios alunos passaram a enxergar esse formato de capacitação com outros olhos.

Ao realizar uma capacitação na modalidade e-learning o aluno é solicitado o tempo todo. Contudo é necessário que o aluno esteja sempre em dia com os conteúdos que estão sendo abordados e também com as atividades propostas que são avaliadas e geram impacto nas notas finais do curso. Todavia cabe ao aluno saber administrar o seu tempo para ter um bom aproveitamento nas tarefas, disciplina para seguir o plano de aulas proposto além de autonomia e pro atividade.

Nos cursos online, o aluno tem de participar mais do que em um presencial. Não existe passividade desde que estejam definidos os papéis do tutor e do monitor que serão fortes aliados nesse processo. Eles irão aplicar a metodologia que foi planejada para o desenvolvimento do aluno, fazer o acompanhamento e auxiliá-los buscando sempre manter o grupo motivado e engajado.

Tutor. O educador virtual

Além de toda barreira geográfica que a Educação a Distância tende a romper, atualmente, outras “distâncias” entram em jogo. Há também as distâncias culturais, sociais e/ou afetivas. E, por isso, é importante ajudar o usuário a ter clareza com relação às ferramentas e os diálogos que podem ser propostos dentro do AVA. Por exemplo, promovendo a inclusão do indivíduo que não possui o “hábito” de utilizar os recursos próprios dos ambientes virtuais de aprendizagem. Essa ajuda contribui para fazer valer toda significação que o recurso dispõe para que o usuário possa encontrar quando precisa utilizar qualquer dos recursos para seu processo de aprendizagem.

Os professores aprenderam, quando no papel de alunos, a se relacionarem no modelo convencional de ensinar e aprender dentro dos espaços das salas de aula presenciais, onde os alunos são acostumados a ouvir, passivos, o que os professores falam a espera de informações prontas. Diferentemente desta ideia, a Educação a Distância tem a característica de que o aluno é o próprio responsável pela construção do conhecimento e os tutores, mediadores ou professores virtuais, tem a função de estimular e acompanhar todo esse processo da produção do conhecimento, explorando as ferramentas tecnológicas e incentivando as relações interpessoais dos indivíduos presentes dentro do ambiente virtual de aprendizagem.

Esse educador virtual precisa trabalhar com diversas tecnologias, desde as mais sofisticadas até as mais simples, com um tipo de internet de banda larga e com uma conexão lenta, considerando as possibilidades, os contratempos e o público alvo. Os desafios da Educação a Distância Online acabam por superar as dificuldades apresentadas por ela, passando a abordar aspectos da autoaprendizagem dentro do ambiente virtual.

Thay Rodrigues – Tutora - Fábrica de Cursos 

O papel do monitor e da utilização de novas ferramentas aliado às tecnologias de aprendizagem a distância.

Educar pessoas por intermédio da utilização de ferramentas tecnológicas na sociedade que vivemos é um grande desafio visto que isso não significa apenas a função de treiná-las em determinadas competências específicas e sim primeiramente capacitá-las ao uso de diferentes tecnologias aliadas ao conteúdo que possibilitarão ao aluno adentrar esse novo universo que se abre. Devemos permitir os alunos à interação com todos os recursos disponíveis e a toda uma estrutura inserida no ambiente virtual. Dessa forma os alunos não ficarão limitados ao acesso ao conteúdo do curso que ao longo do tempo podem tornar-se pouco interessante. O aluno deve ser capacitado a interagir de forma integral com o ambiente fazendo com que o momento de estudo ultrapasse os limites do conteúdo proposto e seja mais enriquecedor que a simples leitura de um material.

A utilização de fóruns, chats, comunidades, wikis e links com redes sociais podem incentivar novas descobertas por intermédio de discussões e novos pontos de vista de outros alunos em diferentes assuntos. Sem dúvidas monitorar a ferramenta de forma efetiva é fundamental para que os tópicos propostos nas discussões estejam sempre alinhados ao conteúdo do curso.

O desenvolvimento de habilidades e a atenção a navegação do aluno pelo ambiente deve ser orientadas por um monitor que tem papel essencial na quebra das barreiras iniciais.

É esse monitor que irá sanar as dúvidas iniciais tecnológicas como barreiras criadas por dificuldades de acesso ao ambiente virtual. Participará de toda a fase de ambientação para que aquela estrutura virtual torne-se o mais familiar possível para o aluno, otimizando o uso de todas as ferramentas inseridas no ambiente customizado. O monitor fará todo o acompanhamento de acessos, tentando minimizar a evasão dos alunos, dentre outras atividades.

A parte motivacional é sempre um grande desafio para qualquer treinamento e sem dúvidas essa é a maior função do monitor. Por mais que a tecnologia nos permita desbravar horizontes ainda não conhecidos a orientação e a personalização desse atendimento, ou seja, saber que em meio a esse grande universo de possibilidades o aluno terá acompanhamento e que não estará sozinho faz toda a diferença.